quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Vezenquando

Vezenquando não se precisa muito…
Não são necessários presentes caros. Nem baratos; jantares em restaurantes chiques, declarações espalhafatosas em carros de som ou o querer mostrar pro mundo que tá namorando… Não, tem aquela hora que a gente só precisa de cuidado, entende? A gente só precisa de uma palavra de carinho, um cobertor, um filminho – se não for pedir demais, aquele chocolate de panela – e a quentura daquela pessoa…
A gente só precisa se sentir amado, seguro e na mais plena paz, nem que seja mera utopia. Sabe aquele olhar carinhoso, cheio de afeto, dedicação, admiração, apresso? Pronto, vezenquando só isso bastaria. Sabe também aquele samba de borboletas que dá na barriga quando quem a gente gosta ri, segura sua mão na frente de todos, revela sem o menor pudor seus sentimentos? Pronto, é disso que nosso coração, corpo, mente, cabelos, poros, unhas, pernas precisam.
Chega aquele momento que nada no mundo terá tanto significado como aquela mensagem na madrugada “tava pensando na gente…” ou aquela ligação que não é atendida com um “oi, alô” e sim com aquelas risadinhas que faz nosso coração dá pulinhos de felicidade, mesmo sem motivo algum. Tem hora que a gente não quer pedir mais nada, não quer falar mais nada, mas sabe que o outro vai encontrar no nosso silêncio as nossas necessidades. E aí vai compreendendo, vai evoluindo, vai gostando, gostando, gostando, amando… As coisas vão se encaixando, o mundo vai ganhando cor. E era só disso que a gente precisava…
Vezenquando, vezenquando só isso bastava.

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